Você que é designer de interface, seja para web ou offline, você que é um diretor de arte ou mesmo um diretor de criação, sabe o que significa referência, certo? Pois bem, vamos ao significado da palavra segundo o dicionário Priberam: do latim referentia, refero, referre, trazer ou levar de novo, remeter, fazer menção ou registro. Muita explicação não é verdade? Bom, vou trazer pro nosso texto aqui um dos significados que é pouco lembrado na hora de se fazer uma pesquisa que é o “conjunto de qualidades ou características tomado como modelo”. E também vou levá-los ao ambiente web, uma outra hora falamos do universo offline. Tanto já foi feito que o primeiro passo que damos diante de um brief, seja ele muito completo ou não, é buscar referências, pesquisar clientes e concorrentes, ver o que foi feito, o que está em alta, o que está na moda. mercado, etc. é verificar. Isso foi feito há alguns anos e poderia ser revivido. Afinal, nem todo cliente quer uma nova criação divina, o Éden, o Gênesis! Afinal, você quer estar na mesma prateleira que seus concorrentes. Caso contrário, não será encontrado. Mas ele quer brilhar, quer se destacar, quer se sentir bem e ser escolhido, romper com ele, desejá-lo, escolhê-lo como o melhor e finalmente comprar seu produto ou serviço. Como satisfazer os diversos gostos do mercado e ao mesmo tempo atrair a atenção? Afinal, eles são pessoas, e as pessoas são complexas. Para facilitar as coisas, vamos escolher um caminho de referência. Mas você não precisa seguir o mesmo caminho que já escolheu. No universo da moda por exemplo, alguém olha para um sapato feminino, nota que um detalhe o destaca, a fivela brilha, ele olha mais perto e vê o seu reflexo na fivela, pronto, uma idéia surgiu! Ele trabalha com a idéia do reflexo, traz alguns espelhos para o cenário, veste a modelo e está lá uma idéia que muitos já utilizaram, o espelho!, mas que surgiu de uma referência fora do seu contexto, surgiu a partir de um olhar diferente. Este caminho não significa reinventar nada, muito menos copiar, muito menos complicar. Trazendo agora pro nosso universo da internet, onde desenvolvemos “n” layouts por mês, por semana e por dia, nós temos um caminho, temos algumas diretrizes que norteiam a criação, como usabilidade, arquitetura da informação, mobilidade, etc, etc, por fim, basta seguir o seu norte, e trazer referências “fora da caixinha”, fora do meio convencional, fora do seu habitual cenário. Vá atrás de outros conjuntos de modelos e busque novas características e qualidades que já existem para quem sabe, um dia encontrar de fato algo novo. Vá olhar para o céu, pra rua, parques, visitar aquelas livrarias megastore, ver livros sobre bebidas, motos, carros, tecidos, livros infantis, saia um pouco do Google, você vai notar que tudo pode ser uma referência, tudo pode te inspirar, basta que você queira enxergar além. Beijos, até a próxima.